segunda-feira, 24 de junho de 2013

IMPACTOS AMBIENTAIS DA FERROVIA NORTE SUL

IMPACTOS AMBIENTAIS DA FERROVIA NORTE SUL



O Brasil, com sua considerável dimensão continental, desenvolve diversas pesquisas e projetos que visam à integração de suas regiões em busca de competitividade e crescimento econômico. Um dos notáveis projetos para esta integração é a Ferrovia Norte-Sul, empreendimento que se encontra com apenas alguns trechos concluídos ao longo de sua extensão.
A Ferrovia Norte-Sul foi o primeiro grande empreendimento nacional submetido à Resolução CONAMA 001/86 e, portanto, à necessidade de avaliar os impactos ambientais da futura ferrovia e divulgar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Com os documentos produzidos, a VALEC logrou obter as licenças de instalação
Inicialmente emitidas pelos estados de Goiás e do Maranhão e, posteriormente, pelo estado do Tocantins, criado pela Constituição de 1988 a partir da divisão do antigo território goiano.
 Antes da implantação desta obra foi necessário fazer um estudo ambiental da região influenciada, este estudo foi realizado  através  de um conjunto de atividades cientificas e técnicas, que incluem o diagnóstico ambiental, a identificação, previsão e avaliação dos impactos significativos, e a definição das medidas mitigadoras e do monitoramento desses impactos.
 No projeto da ferrovia Norte Sul foi feito o estudo ambiental da região a ser afetada, fazendo:
  • Levantamento Faunístico, que é a caracterização da fauna ao longo do traçado da ferrovia.
  • Levantamento Florísticos, que é a identificação de todas as formações vegetais situadas na área diretamente afetada.
  • Estudo da caracterização ambiental do meio físico, identificando as principais unidades geomorfológicas presentes na região sob influencia da ferrovia.
  • Estudo dos recursos hídricos, que é a identificação das bacias hidrográficas que sofrem interferência da ferrovia.
Foi feito uma seleção de impactos ambientais significativos (IAS),  e o estudo dos seus efeitos no tempo e no espaço, sobre os ambientes naturais e sobre as populações atingidas.
Este estudo está limitado  a Área Diretamente Afetada, que é mais suscetível a receber os impactos decorrentes da execução das obras e das atividades operacionais, que é a faixa de domínio da ferrovia estipulada em 80 metros quando atravessa as áreas rurais.  Este estudo também abrange a Área de Influência Indireta, é aquela que se liga diretamente à operação ferroviária, e se interrompe na presença de barreiras físicas naturais ou construídas.
Os impactos significativos e passiveis de identificação nas diferentes etapas do empreendimento ocorrem principalmente na faixa de domínio. Numa  construção descuidada poderão gerar grandes volumes de solos e outros materiais desprotegidos que, se carreados para o sistema de drenagem, poderão causar assoreamentos de monta. Prevendo isso, as  Normas Ambientais  estabelece procedimentos específicos para a proteção dos maciços de terra e para a recuperação de áreas degradadas, que deverão ser obedecidos por todos os contratados que se tornarem responsáveis pelos projetos e pelas obras.
PRINCIPAIS IMPACTOS CAUSADOS PELA FERROVIA
A ferrovia Norte-Sul, nos trechos que cortam o Maranhão e o Estado do Tocantins, os maiores impactos causados que afetam a população são: o desmatamento de áreas que cortam as reservas; a remoção de terra para nivelamento dos trilhos, a devastação de áreas já beneficiadas para agricultura e pecuária; a construção de pontes para a travessia de biomas.
 Porém algumas medidas foram tomadas para diminuir os impactos de execução do projeto, como no caso dos dormentes para apoiar os trilhos, que são confeccionados de concreto pré-moldado. E medidas mitigadoras impostas às empresas de ações previstas para diminuir os efeitos dos impactos negativos.” (FOGLIATTI, 2004) 22.
 Mesmo em se tratando de projeto de grande vulto, não  se tem  noticias  até o momento de   problemas maiores com a execução desta obra, pois a construção envolve quase que exclusivamente produtos inertes (solos, areias, britas e cascalhos)que, se atingirem acidentalmente os cursos d’água, apenas aumentarão sua turbidez,o que é um impacto de pouca duração.
 Autores: Almir, Jucimar, Veronica e Jonas
BIBLIOGRAFIA
CONAMA Resolução 01/86
Pesquisa de campo

Comentários: 

O maior impacto ambiental causado pelas ferrovias, como observado no texto, é o desmatamento, pois é necessário desmatar uma grande área para se construir os trilhos e também deve-se retirar uma grande quantidade de terra para nivelar os mesmos. O impacto no bioma pode ser observado pelo impacto sonoro e risco de atropelamento de animais silvestres. 

Nasa cria trem ecológico magnético que não encosta nos trilhos

Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência espacial americana) deve levar às ruas de Tel Aviv, em Israel, um trem aéreo elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma "forma ecológica e rápida" de facilitar o transporte público.Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o chamado "trem aéreo" terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade), a ser concluída em dois anos.
Os veículos poderão alcançar uma velocidade de 240 km/h e "voarão" em uma altura de 7 m, presos sob trilhos suspensos no ar. O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será "produzida pelo próprio sistema", disse à BBC Brasil Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um "motor linear" que será movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas."A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz.
"Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar". O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio será quando o veículo parar nas estações.
Custos e capacidade
"Trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica de resolver o problema do transporte público", diz Senders, afirmando que o projeto custará apenas US$ 6 milhões por quilômetro.
Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu recentemente a construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e custou mais de dez vezes o preço por quilômetro. E estima-se que o custo por quilômetro do metrô de São Paulo seja de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel Aviv serão erguidos entre postes, que também servirão como fonte de energia. "O sistema aproveitará ondas magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento dos veículos sob os trilhos de alumínio", afirma a prefeitura.
Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 kg cada, e poderão transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderá transportar até 11 mil pessoas por hora. Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um botão indicando em qual estação querem parar, como em um elevador.
Segundo Senders, o presidente de Israel, Shimon Peres, já pediu que a Skytran prepare planos para ampliar a rede aérea para as periferias de Israel, e o projeto poderia chegar até Eilat (cidade no sul do país)."O sistema tem características de uma espécie de internet física", explica Senders, "uma rede ilimitada de linhas aéreas, que poderá, inclusive, ter estações dentro de edifícios e sobre os prédios".
"Estou orgulhoso de Tel Aviv ter sido escolhida para a implementação do projeto piloto em colaboração com a Nasa", declarou o prefeito Ron Huldai."O projeto se enquadra na percepção da prefeitura, que vê Tel Aviv como centro de inovação tecnológica", disse à BBC Brasil o porta-voz da prefeitura de Tel Aviv, Gali Avni Orenstein.
Comentários: 
Esse conceito de trem parasse muito promissor e sua economia tando na operação quanto na construção, e seu baixo consumo energético associado ao reaproveitamento de energia magnética mostram que esse conceito deve ser explorado.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Os trens mais eficientes

Quando nós pensamos em ferrovias, lembramos do tempo do nosso avô. Certamente, as ferrovias são um emblema do passado. A história está contada, e você provavelmente verá uma locomotiva em seu filme favorito de Bang-Bang.

Mas, você sabia que as ferrovias são uma indústria de US$ 78 bilhões nos EUA? Você também sabia que, tendo investido US$ 42 bilhões desde 2008 para melhorar as operações e a tecnologia, as ferrovias estão retornando? Até o final de 2011, a CSX está planejando contratar mais 5.000 funcionários. Os investidores como Warren Buffett estão apostando pesadamente no ressurgimento das estradas de ferro, com bilhões investidos nos últimos anos. Um fornecedor para a indústria ferroviária do oeste da Pensilvânia se tornou recentemente o primeiro das 1.900 empresas da bolsa de valores de Nova Iorque a ter cotações crescentes em cada um dos últimos 10 anos.

No ano passado, a Industrial Heating cobriu histórias sobre a Timken Company, que adicionou 100 postos de trabalho para aumentar a produção de rolamentos para vagões de trem. A Timken tem servido a indústria ferroviária por mais de 80 anos e também tem instalações para remanufatura de rolamentos ferroviários. Rolamentos cônicos para a indústria ferroviária são produzidos a partir de ligas de aço 8720 cementadas, algo que foi discutido em um artigo de abril de 2009.
Também anunciamos que a Steel Dynamics começou a produção comercial de trilhos de para atender as especificações da AREMA (Associação Americana de Engenharia Ferroviária e Manutenção de Vias, em inglês, American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association). O trilho é geralmente produzido a partir aço de alto carbono (0,6-1,0 % C).

As rodas ferroviárias são geralmente fabricadas em um processo de forjamento e laminação. Neste processo de forja, uma roda “vazia” é forjada a partir de um bloco de aço. A segunda operação de forjamento forma o contorno grosseiro da roda. O próximo processo é uma operação de conformação do metal chamada de laminação da roda, que usa vários rolos (geralmente 8) para configurar diferentes partes desta complicada forma geométrica.

O aço utilizado nas rodas ferroviárias depende da classe das rodas. Os tipos mais comuns são os AISI 1060 ou 1070. Ambos os graus são tratados termicamente usando uma técnica chamada “tratamento de aros” (rim treating), que envolve o aquecimento da roda inteira em um forno a cerca de 899ºC, seguido de um resfriamento do aro da roda por spray de água. As rodas também são jateados a um padrão industrial para melhoria da resistência a rachadura por fadiga sob a tensão do rolamento.

Os metais em pó também se envolvem na ação, bem como não-ferrosos, através do uso de espuma de alumínio ultraleve. A "espuma" PM é trabalhada em chapas e perfis. Durante o tratamento térmico, o material se expande e torna-se altamente poroso. Ele é usado para postes de colisão, gaiolas contra acidentes, zonas de amortecimento de acidentes e barreiras de impacto lateral dos vagões das locomotivas.

A General Electric está envolvida na produção de locomotivas. A produtividade está acima da de uma década atrás em sua fábrica em Erie, Pensilvânia. A instalação é grande porque uma locomotiva média mede cerca de 23 metros de comprimento, pelo menos 4,5 metros de altura e pesa 190 ton. Os pesados motores a diesel para a instalação de Erie são produzidos em Grove City, Pensilvânia. Estes motores tem potência que varia de 4000 a 6000 cavalos. Cada motor custa cerca de US$ 500.000.

Você pode ter ouvido os comerciais divulgando a natureza "verde" do transporte ferroviário de cargas. Os trens estão agora mais eficientes em termos de combustível do que os carros híbridos. Eles são capazes de percorrer grandes distâncias com apenas um galão de combustível e podem transportar mais carga que o equivalente a 300 caminhões. Os motores híbridos diesel-elétricos reduzem o consumo de combustível em 15% e as emissões em 50%, quando comparados aos equivalentes a diesel somente.

Agora você sabe um pouco mais sobre a indústria ferroviária atual, porque é uma indústria em crescimento e como o processamento térmico de locomotivas foi do ferreiro local para a sofisticação do século 21.

Comentário:

Os trens sempre superaram em eficiência pelo volume de carga, e agora se mostram muito mais eficiente em consumo e emissão de poluentes.
Está claro que devemos investir no desenvolvimento das ferrovias para conseguirmos um futuro mais eficiente energeticamente.


Transporte ecológico: designer projeta trem autossustentável

O designer Marco Gallegos criou um conceito de trem inovador. No projeto, chamado de Auto-Train, uma composição ferroviária levará, a um só tempo, automóvel e motorista. A ideia é que o trem se encaixe em trajetos muito longos para se percorrer de carro, mas muito curtos para uma viagem de avião. Comum em trens de alta velocidade, a energia que move a composição é elétrica, alimentada por um ramal que acompanha o traçado da linha férrea.

Para economizar tempo, Marco idealizou um tipo de trem onde os vagões possam ser reordenados e destacados sem demora. Desta forma, um determinado vagão pode parar na estação, enquanto o restante do trem segue viagem. Ou ainda, uma seção do trem pode viajar em separado por outro ramal da linha.

Além disso, os vagões são pensados para serem de uso individual. Isso significa que um viajante não precisa obrigar todo o trem a parar em determinada estação, basta apenas que a seção onde o passageiro está se destaque e dirija-se para a estação desejada.

Além dessa praticidade, o trem dispensa a presença de condutores. Totalmente automatizado, o controle dos vagões é realizado por sistemas embarcados, que direcionam o trem pelas linhas, usando o conceito de uma tecnologia já existente no transporte ferroviário de alta velocidade e em alguns metrôs do mundo, como o de São Paulo.

Comentário: 

O conceito é muito inovador e ambicioso, pode ser explorado num futuro próximo e a integração de diferente modais, nesse caso o ferroviário e o rodoviário, fornece uma solução para o caos no transito de São Paulo, ajudando a diminuir o numero de carros nas rodovias.
Existe um ponto negativo no conceito apresentado pelo designer que é dividir os vagões, isso gera um consumo maior de energia e acaba deixando o conceito menos eficiente.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Proposta para redução das emissões de dióxido de carbono na CPTM

 Olá amigos,

Para nosso primeiro post escolhemos propor ideias para a diminuição das emissões de dióxido de carbono na CPTM. Baseamos essas ideias em programa bem sucedido, implementado em 2007 pela companhia Eurostar, responsável pelo túnel ferroviário que liga Londres a Paris, passando sob o Canal da Mancha, esse programa possuía um plano com 10 estratégias para reduzir os danos ambientais.

As medidas se baseiam em três pontos: reduzir os gastos desnecessários, utilizar os recursos de maneira responsável, e reciclar tudo que for possível. Anualmente, a empresa apresentará relatórios aos seus clientes mostrando os avanços adquiridos com a nova postura.

As medidas tomadas pela companhia ferroviária serão as seguintes:


1. Redução do consumo de papel através da compra de bilhetes por Internet e celular. Quando o material for indispensável, serão usados somente aqueles que vieram de florestas ecologicamente sustentáveis, das quais é adotado o replantio de árvores.
2. Separação do lixo.
3. Uso de materiais como copos, pratos e guardanapos biodegradáveis ou totalmente recicláveis.
4. O uniforme da tripulação será reformado, e não mais trocado.
5. Os alimentos servidos serão orgânicos ou de plantações que primam pela preservação ambiental.
6. Incentivar que se apague a luz de ambientes vazios, e também durante o dia. Procurar fontes de energia "verdes".
7. Reutilizar a água usada na lavagem do trem e armazenar água da chuva.
8. Reciclagem. Pretende-se que até 2009, 80% do lixo produzido pela empresa seja reaproveitado.
9. Trocar o sistema de refrigeração dos trens.
10. Incentivar o passageiro a ter uma postura ecológica, usando transportes públicos.


A corrida por uma postura "verde" já se tornou preocupação de vários setores industriais, principalmente na Europa. O transporte ferroviário, no entanto, é apontado como o meio mais ecológico de viajar. No anúncio do plano, a Eurostar lembrou ainda que uma viagem de trem entre Paris e Londres polui dez vezes menos do que o principal meio de transporte concorrente, o avião.

Aplicando essas medidas na CPTM, pode-se chegar a níveis próximos dos alcançados com o  Eurostar, sem precisar de altos investimentos e dispendiosos estudos, pois são ações simples que se bem aplicadas podem gerar um grande impacto nas emissões de dióxido de carbono e reduzir o impacto ambiental causado pela ferrovia.

Olá,
Somos uma dupla de alunos do curso de CAI Mecânica do CFP ENG. JAMES C.STEWART e criamos esse blog para apresentar os problemas e soluções ambientais encontradas pelas ferrovias. Esse blog foi proposto pela Profª. Evelin como atividade para matéria educação ambiental.